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The Tree House (2019)

  • Foto do escritor: Thalles Graciano
    Thalles Graciano
  • 18 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

Texto originalmente publicado no Letterboxd no dia 18/08/2020


A Terra como memória.


Uma ficção etnográfica naturalmente traz algumas curiosidades específicas, especialmente quando se trata de uma ficção científica. A alternância entre o futuro fictício e o passado de memórias marca a tônica de um filme que envolve nativos e um documentarista-personagem. É importante notar o distanciamento entre eles tendo em vista que a sociedade que conhecemos na tela é de uma etnia minoritária no Vietnã e teve sua vida rural alterada drasticamente pelo trauma e destruição da guerra e da ingerência externa. O diretor trata os documentados com cuidado, ciente da relação que a etnografia hegemônica e a razão antropológica cultivaram com as pretensões neocoloniais durante muito tempo. Nesse ponto, é um esforço bastante positivo. Mas, claro, a intenção do filme nunca foi fazer um retrato fiel destas populações.


As limitações do filme aparecem no contexto da articulação entre ficção-documentário. A construção futurista carece de ritmo, limitando-se a planos bonitos que não interagem de forma inventiva com o mote principal do filme, que perde a força na metade final. Ainda assim, é um esforço reflexivo sobre o cinema e a memória, com contos nativos em interação caótica com imagens de arquivo da Guerra do Vietnã e do deslocamento do povo Ruc. O registro poético de Minh Quý ajuda a eternizar o presente e

joga luz à história






 
 
 

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